Disponível nas versões de duas e quatro portas, o novo 1900 era proposto como sendo o “automóvel familiar que vencia corridas ao fim-de-semana”, facto comprovado pelo sucesso em palcos tão distintos como a Targa Florio ou a Stella Alpina.
Em 1951 surgiu a versão curta do chassis do Alfa Romeo 1900 e, de imediato, foi adoptada pelos carroçadores italianos da altura, como porta-estandarte. De Pininfarina a Zagato, passando por Ghia, Castagna e Boano, o novo 1900C receberia novas formas que tentavam acentuar o seu carácter desportivo. Mas seria a Carrozzeria Touring Superleggera, empresa fundada no final dos anos 20, a produzir o maior número de exemplares. Desde sempre ligada à casa de Arese, a Touring oferecia, na época, quatro tipos diferentes de carroçarias para o 1900, sendo a Superleggera a mais cobiçada pelos seus atributos de baixo peso e elegância. Utilizando o sistema patenteado de construção com base numa estrutura feita de fina tubagem de aço, revestida de painéis batidos à mão, o Alfa Romeo 1900C SS era tão elegante quanto rápido, facto que o tornou popular junto dos privados com aspirações no mundo da competição automóvel.
O magnífico Alfa Romeo 1900C SS, que se encontra actualmente nas instalações do Museu do Caramulo, foi pela primeira vez matriculado em 1956, um ano após a apresentação do modelo, que se manteria em produção até 1959. Exibindo um motor de quatro cilindros e 1975cc de capacidade marcados, o 1900C SS é uma versão com 115cv de potência e caixa totalmente sincronizada de cinco velocidades, com comando na coluna. Com a sua carroçaria Touring Superleggera lacada de preto, interior de tonalidade clara e jantes de raios Borrani, que complementam bastante bem a estética, o HC-64-82 é um dos exemplares mais elegantes ainda em existência, sendo utilizado com alguma frequência em eventos seleccionados, além de ser elegível a participar nas Mille Miglia.
Este automóvel foi doado ao Museu do Caramulo por Vicente Cannas Mendes.