Para a Bugatti, o Type 57 foi muito importante, porque era a divisão de veículos de estrada que pagava a factura da competição, esse sim o real chamamento da marca francesa.

As soluções encontradas na competição iam sendo passadas para os modelos de estrada, notando-se alguma preocupação em proporcionar maior conforto de utilização. Os Type 38, 40, 44, 49 e 50 foram sendo refinados, proporcionando, aos ricos clientes de Ettore, automóveis desportivos, dedicados a uma utilização mais elegante, que não perturbasse os penteados das senhoras. Todos estes modelos caracterizavam-se por possuírem o motor de oito cilindros do Type 35, adoptando muitos outros pormenores, incluindo os travões comandados por cabo e eixos rígidos à frente e atrás.

A partir de 1933, começou a trabalhar-se, em Molsheim, num novo modelo: o Type 57. Desenvolvido em paralelo com o novo Type 59 de competição, partilhou alguns componentes com o modelo de competição, nomeadamente o motor. Na altura, a fábrica e os novos projectos haviam sido entregues a Jean Bugatti, filho de Ettore, já que este se encontrava em Paris a trabalhar na sua automotora. O protótipo tinha suspensão dianteira independente, mas “Le Patron”, como era conhecido Ettore Bugatti, não gostou da ideia e mandou colocar novamente um eixo rígido. “Um Bugatti deve ter um eixo Bugatti” terá dito. O motor de oito cilindros em linha, com 3,3 litros de capacidade, possuía duas árvores de cames à cabeça e uma disposição semelhante à do Type 50. Debitava 135cv de potência e era suave e possante. Todavia, embora tivesse variados atributos, o que levou o Type 57 a ser o maior sucesso comercial da marca foram as diferentes carroçarias que a fábrica produziu, muito graças à visão de Jean.

Parceiro perfeito das linhas arrojadas do Type 57, o novo motor de oito cilindros e 3257cc de capacidade era um desenho totalmente novo, com cinco apoios na cambota e duas árvores de cames à cabeça. O bloco, tipicamente moldado de uma única peça, vinha equipado com câmaras hemisféricas de combustão. A caixa de velocidades também inaugurava um desenho evoluído, com sincronização em segunda, terceira e quarta velocidades. E, em vez de ser separada do motor, como era habitual, a caixa era montada directamente neste, por meio de um invólucro, contendo uma embraiagem simples, em vez das embraiagens multidisco utilizadas por Bugatti. Ao nível da suspensão, foram utilizados eixos rígidos à frente e atrás, enquanto os travões eram de tambor, accionados mecanicamente. Ostentando o número de chassis 57411 e motor número 331 e detalhado em cor creme e azul-escuro, o imponente Bugatti T57 Stelvio do Museu do Caramulo possui uma carroçaria Stelvio com assinatura do carroçador franco-suíço Gangloff, um dos mais conceituados fabricantes com trabalhos esculpidos em Bugatti. Fundada em 1903 por Georges Gangloff, a empresa ganhou a sua reputação ainda antes da Segunda Guerra Mundial, trabalhando em chassis rolantes fornecidos por marcas como a Rolls-Royce, Delage, Ansaldo, Hispano-Suiza, Isotta-Fraschini, Mercedes-Benz e Minerva. Dada a relativa proximidade entre a fábrica da Gangloff, na cidade francesa de Colmar, e Molsheim, sede histórica da Bugatti, por várias vezes o carroçador foi chamado a ajudar no fabrico dos modelos de Ettore.

Para os clientes que escolhiam os modelos Type 57, estavam disponíveis para encomenda na fábrica, quatro tipos diferentes de carroçarias: o coupé de quatro lugares “Ventoux”, o saloon de quatro lugares “Galibier”, a “Atalante” de dois lugares e o cabriolet “Stelvio”. As três primeiras eram da autoria do designer Joseph Walter mas, no caso da última, a sua maioria era fabricada por Gangloff, uma das empresas preferidas de Ettore, não só pela proximidade geográfica, mas também pela especialidade dos seus artesãos, qualidades notoriamente presentes no modelo exposto no Museu do Caramulo.

Ostentando o número de chassis 57411 e motor número 331, e detalhado em cor creme e azul-escuro, o imponente Bugatti T57 Stelvio do Museu do Caramulo possui uma carroçaria Stelvio com assinatura do carroçador franco-suíço Gangloff, um dos mais conceituados fabricantes com trabalhos esculpidos em Bugatti. Fundada em 1903 por Georges Gangloff, a empresa ganhou a sua reputação ainda antes da Segunda Guerra Mundial, trabalhando em chassis rolantes fornecidos por marcas como a Rolls-Royce, Delage, Ansaldo, Hispano-Suiza, Isotta-Fraschini, Mercedes-Benz e Minerva. Dada a relativa proximidade entre a fábrica da Gangloff, na cidade francesa de Colmar e Molsheim, sede histórica da Bugatti, por várias vezes o carroçador foi chamado a ajudar no fabrico dos modelos de Ettore.

Para os clientes que escolhiam os modelos T57, estavam disponíveis, para encomenda na fábrica, quatro tipos diferentes de carroçarias: o coupé de quatro lugares “Ventoux”, o saloon de quatro lugares “Galibier”, a “Atalante” de dois lugares e o cabriolet “Stelvio”. As três primeiras eram da autoria do designer Joseph Walter mas, no caso da última, a sua maioria era fabricada por Gangloff, uma das empresas preferidas de Ettore, dada a sua proximidade geográfica, mas também pela especialidade dos seus artesãos, qualidades notoriamente presentes no modelo exposto no Museu do Caramulo.