Por volta de 1900, a gama da marca foi aumentada, passando a englobar um bicilíndrico, com 9,5cv. Na mesma altura, mudou as instalações para a cidade de Paris.
Em 1902, iniciou a produção dos 15CV e 8CV equipados com motores verticais de dois e um cilindro respectivamente, em posição dianteira. No ano seguinte, chegaram os 12 CV e 2 CV. Ambos tinham as cabeças dos cilindros destacáveis, transmitindo a potência através de uma caixa de velocidades e corrente.
Por volta de 1907, a Delahaye produzia três modelos equipados com motor de quatro cilindros e um de dois. Em 1911 dá-se o aparecimento do primeiro modelo da Delahaye, equipado com motor de seis cilindros. A motorização consistia na união de dois blocos de três cilindros, dispostos num ângulo de 30 graus. Em 1914, a gama da marca francesa era composta, nada mais, nada menos, que por sete veículos diferentes, começando no 8 CV com motor de dois cilindros, e terminando no possante 20/30 CV.
A antiga auto-bomba da Associação Humanitária Bombeiros Voluntários Lisbonenses foi construída de raiz na fábrica da Societé des Automobiles Delahaye, em Paris.
A auto-bomba Delahaye 43 PS entrou pela primeira vez ao serviço em 1914, tendo sido entregue aos bombeiros voluntários “Os Lisbonenses” na sua sede, na Rua Camilo Castelo Branco, em Lisboa, que a baptizaram de “A Catarina”. O automóvel fazia parte de uma série de modelos de combate a incêndios fabricados pela marca francesa.
Em 1957 a auto-bomba foi vendida a João de Lacerda. Na carta que lhe endereçou a Associação, a 21 de Novembro de 1957, pode ler-se, acerca da importância do automóvel francês: “a viatura de incêndios (…), marca Delahaye, que constitui para nós uma verdadeira relíquia, não só por ser uma das primeiras unidades que entrou em Portugal directamente da fábrica mas, fundamentalmente, por a ela estarem ligados factos que ficaram assinalados a letras de oiro na história desta corporação que a mesma é da Capital.”