Vagamente inspirado no conceito do Volkswagen Carocha, onde foi buscar a colocação dos órgãos mecânicos, o 500 era um automóvel prático, barato e inteiramente concebido para o trânsito citadino das cidades europeias no pós-Segunda Guerra Mundial. Com dimensões bastante contidas, media 2997 mm de comprimento, o 500 conseguia ser 245 mm mais curto que o 600, lançado dois anos antes. Equipado com um motor de 479cc, com 13cv de potência, de dois cilindros e arrefecido a ar, conseguia acompanhar o movimento citadino sem qualquer problema, sem dúvida ajudado pelo baixo peso declarado de 499 kg. Com uma carroçaria de 2 portas (só em 1965 é que passaram a ter a abertura convencional) em versão coupé e giardiniera (carrinha), conseguia transportar quatro pessoas e alguma carga, embora não ao mesmo tempo.
Tendo sido um sucesso comercial, Giannini e Abarth desenvolveram versões mais desportivas. Já a Neckar e a Steyr-Puch produziram-no na Alemanha e Áustria sob licença. Uma versão desportiva Austríaca, o Steyr-Puch 650 TR2, vinha equipado com um motor de dois cilindros manufacturado pela Puch e derivado de um motor de moto. A versão L, de lusso, lançada em 1967 era a mais bem equipada e com melhores acabamentos. A característica mais óbvia eram as protecções tubulares dos para-choque frontal e traseiro. Tinha também um novo emblema dianteiro, tampões de rodas com um novo design e no interior o tablier era revestido a plástico negro, em vez de metal pintado. Pela primeira vez, uma consola central providenciava mais espaço para arrumação no interior. A maior diferença seria, no entanto, a montagem de série de pneus radiais em vez de pneus de telas cruzadas, que eram a norma na época, e um aumento de potência para 18 cv.
A produção do 500 acabou em 1975, tendo sido substituído gradualmente pelo 126, que tinha sido lançado em 1973. A versão final do 500, a R, montava o mesmo motor de 594cc do 126, no entanto com menos potência. A plataforma era inicialmente da versão L, mas as unidades finais tinham já a do 126. Era mais confortável embora mais espartano que as versões anteriores. Com a introdução do 126, as vendas praticamente desapareceram e a Fiat acabou por retirar o modelo.