Com a apresentação, em 1928, do modelo 521, uma evolução do 520, a marca italiana reforçava o seu catálogo, oferecendo um automóvel com motor de seis cilindros em linha mais potente e maior distância entre eixos, duas características importantes para o segmento. O passo seguinte seria o desenvolvimento do modelo 530, um verdadeiro topo de gama, equipado com motor de oito cilindros. Porém, a crise económica na Europa terminou efectivamente o projecto.

Em 1928, impedida de seguir o caminho das motorizações de maiores dimensões, a Fiat apostou num novo modelo, com uma carroçaria mais imponente, equipado com motor de seis cilindros, tal como havia feito com o 521, mas subindo a cilindrada de 2516cc para 3739cc, tomando como ponto de partida o motor utilizado no modelo 512, de 1926. Assim nascia a gama 525, distinta não só pela sua motorização hexacilíndrica com 68cv de potência, mas também pela sua generosa distância entre eixos de 3400 mm, outra das características herdadas do modelo 512.

Um ano depois da apresentação do Fiat 525, o construtor apresentava as versões 525 S e 525 N, sendo característica da versão S a distância entre eixos reduzida em 400 mm face ao “normal” 525. Mantendo intacta a mecânica, a Fiat conseguia dessa forma melhorar o comportamento do seu modelo, bem como as suas prestações, anunciando para o 525 S uma velocidade máxima de 100 km/h. Adaptado com algum sucesso à competição, o 525 S fez-se notar em provas como a Alpine Cup, tendo sido produzidas, até 1931, 2100 unidades.

A versão 525 N seria considerada uma evolução face ao modelo 525. Com uma distância entre eixos reduzida de 3400 mm para os 3260 mm, o 525 N ostentava ainda uma cabeça de motor modificada, uma relação final revista, rodas de menor diâmetro e ainda travões servo assistidos, sendo o primeiro automóvel no mundo a dispor de travões hidráulicos com duplo circuito.

Em Abril de 1929, Giovanni Agnelli, herdeiro do Grupo Fiat, ofereceu a sua Santidade, o Papa Pio XI, um automóvel deste modelo.

Em 1965, quando era Presidente da Fiat, o Professor Vittorio Valletta visitou o Caramulo, juntamente com o Senador e General Conde Alessandro Lessona. Admirado com o Museu do Caramulo, onde na altura se exibiam três Fiat, Valletta doou um Fiat à colecção do Caramulo. Foi escolhido do Museu Biscaretti Di Ruffia o antigo automóvel do Síndico de Turim.

No total foram produzidos 1874 exemplares do 525 N, dos quais restam apenas o modelo que se encontra no Museu do Caramulo, três unidades em Itália, uma em Inglaterra e uma nos Estados Unidos.