Em 1992 resolve preparar o modelo de estrada da NR750, uma verdadeira montra tecnológica.
Se a carenagem da NR750 (também conhecida como RC40) foi produzida em fibra de carbono e o pára-brisas em titânio, a verdade é que foi a nível do motor que residia a maior inovação desta NR (New Racing). Arrefecido através de líquido, este bloco em V apresentava pistões ovais e nada mais do que oito válvulas por cilindro, assim como um complexo sistema de injecção de gasolina. O segredo da marca nipónica, relativamente ao motor da RC40, está na rápida abertura e fecho das válvulas e na forma como atinge o pico da potência máxima anunciada para os 125cv, para um peso final que não excede os 223 kg.
No entanto, esta aposta da Honda foi um dos seus poucos insucessos, seguramente pelo seu preço de venda. Quando foi apresentada, a Honda NR750 (RC40) custava, em Inglaterra, 38.000 libras, quando uma potente moto rondava as 6000 libras. Pelas suas notáveis e raras especificações, este modelo é hoje um objecto de culto muito raro e encontrando-se praticamente só em museus.
A Honda NR750 (RC40) foi doada ao Museu do Caramulo por Manuel Correia de Freitas e Isaltina de Oliveira Junior em nome do filho Ilídio.