Em sequência, a Harley-Davidson apresentou a WLA e a Indian levou a concurso uma versão modificada da “Thirty-Fifty” Scout dispondo de um motor V-Twin de 741cc com menor taxa de compressão e uso mais suave, garfo mais comprido, maior altura ao solo, pneus de perfil grosso e guarda-lamas afastados das rodas para evitar a acumulação de lama. Ainda que fosse capaz de alcançar os 96 km/h, a prioridade do projecto focava-se na fiabilidade e na capacidade de circular fora de estrada.

No total foram construídas mais de 35.000 unidades, mas ao contrário da concorrente Harley-Davidson WLA (amplamente usada pelo exército norte-americano), a produção da Indian 741B foi essencialmente encaminhada para os teatros de guerra europeus, africanos e asiáticos através do Lend-Lease Act, que permitia aos Estados Unidos fornecer equipamento militar aos seus aliados. Desse modo, os exércitos do Reino Unido, Canadá, Austrália e União Soviética foram os maiores utilizadores desta motocicleta norte-americana, tendo como missões mais comuns o transporte de mensageiros, as escoltas e ainda o reconhecimento.

Com o fim da guerra, muitas destas Indian foram desmobilizadas e vendidas para o mercado civil onde, devido à necessidade de uma cuidada manutenção, iriam conhecer um declínio mais acentuado que as Harley-Davidson, sendo hoje menos comuns e, por consequência, mais valiosas. A própria marca nunca se adaptou ao competitivo mercado do pós-guerra, acabando por fechar as portas em 1953, sendo apenas reactivada já em pleno século XXI.