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Equipado com um motor de seis cilindros, alimentado por dois carburadores Solex, com uma capacidade de 2996cc e desenvolvendo 125cv, o Mercedes-Benz 300 “Adenauer” (W186) é capaz de atingir 160 km/h de velocidade máxima, uma marca impressionante para um automóvel dos anos 50, tanto mais se considerarmos o seu peso de 1810 kg. Uma das particularidades do modelo em exposição no Museu do Caramulo é o facto de este dispor de uma suspensão traseira regulável electricamente, e vidro de separação entre o motorista e os passageiros.

Construído sobre um chassis tubular, de secção oval, com reforços cruzados, de acordo com o que era feito nos modelos 170S e 220, e equipado com suspensão independente e travões de tambor nas quatro rodas, o Mercedes-Benz 300 fazia-se valer do seu motor de seis cilindros e três litros – o mesmo que equipava os 300 SL com sistema de injecção de combustível – para oferecer um nível de requinte e performance difícil de ser batido.

Construído por uma equipa de artesãos especializados da marca alemã, o W186 era entregue aos seus clientes totalmente equipado com materiais da melhor qualidade, sendo dos poucos automóveis da altura a conseguir transportar seis ocupantes em total conforto, mantendo médias elevadas de velocidade. De resto, a sua superior qualidade fez de políticos, homens de negócios e da alta finança, a maior parte dos seus clientes.

O Mercedes-Benz 300 “Adenauer”, actualmente em exposição no Museu do Caramulo, foi doado em Março de 1972 por Manuel Guilherme Bastos Mendes, filho do seu primeiro proprietário, Emídio Mendes, que o trouxe para Portugal em Julho de 1952, sendo este exemplar o primeiro deste modelo no nosso país.