O facto de a família vender motores estacionários a gasolina, em Lansing, no estado do Michigan, constituiu um bom ponto de partida. Em 1899, depois de encontrar em S. L. Smith um investidor de peso, lançou-se na produção do Oldsmobile – chamado Curved Dash, devido ao formato da sua secção dianteira. Em 1901 vendeu o primeiro e três anos mais tarde tinham sido produzidas perto de 12.000 unidades, um recorde para a indústria até então. A simplicidade de funcionamento era a principal virtude do Curved Dash, o primeiro automóvel produzido em grande série e também o primeiro americano a ser exportado. A caixa de velocidades epicicloidal dispensava o uso da embraiagem, o que tornava a condução muito mais acessível e fez do Oldsmobile o automóvel mais popular até ao aparecimento do Ford Modelo T. Uma música inspirada no Curved Dash, intitulada “In my merry Oldsmobile”, foi um enorme sucesso musical em 1905.
Olds saiu da empresa com o seu nome e fundou a Reo em 1904. Em 1909, a General Motors comprou a Oldsmobile. Em 2004, a produção da marca – a mais antiga em actividade nos EUA e a terceira mais antiga no mundo, a seguir à Daimler e Peugeot – terminou.
Este Oldsmobile, importado em 1902, pertenceu à família Castro Nery que a exibiu no Rally de Automóveis Antigos, no Estoril, em Maio de 1932, conduzido à época por Manuel Máximo de Castro Nery.
Descoberto nos anos 70, na garagem da Sorel, em Lisboa, por João de Lacerda, foi cuidadosamente reconstruído e pintado à trincha pelo artista Aurélio, de Santarém. A 5 de Novembro de 1989 participou no London-Brighton, com o número 175, pilotado por Pedro Corrêa de Barros.
Este automóvel foi doado ao Museu do Caramulo por António Castro Nery e Manuel Máximo Castro Nery.