Automóvel apadrinhado por:

Em 1901, foi apresentado um novo automóvel, já com motor próprio, montado à frente. Porém, a parceria terminaria tragicamente em 1897 quando, participando numa corrida de automóveis entre Paris e Marselha, Emile Levassor se despistou perto de Avignon, perdendo a vida.

René Panhard desenvolveu novos modelos, para uso diário ou para competir, equipados com grande variedade de motores.

Em 1909, a Panhard equipou um motor de quatro cilindros com válvulas de manga, uma tecnologia desenvolvida por Charles Knight. A solução foi adoptada para os automóveis de grandes dimensões. O principal inconveniente era o elevado consumo de óleo, com o característico rasto de fumo azul.

Com o final da Primeira Guerra Mundial, a Panhard apresentou motores de 2280cc, 3178cc e 4849cc, todos equipados com válvulas de manga. Permaneceram em produção até 1930, em simultâneo com modelos mais pequenos, como o 10HP, com motor de 1188cc.

O tempo passou e o final da Segunda Guerra Mundial levou Panhard a produzir modelos de menores dimensões, com motores de dois cilindros refrigerados a ar, abandonando os tempos de luxo que anteriormente tinham caracterizado a marca.

O Panhard & Levassor 16/18HP, presente hoje em dia no Museu do Caramulo, foi comprado por João de Lacerda, em Dezembro de 1955, ao Marquês de Santa Iria, D. José Luiz de Vasconcelos e Sousa, seu primeiro proprietário. Finalizado, a pedido do próprio Marquês, na Carrosserie Jansen, em Paris, o Panhard & Levassor recebeu uma carroçaria do tipo “Brougham” de seis lugares, com a cabine dos passageiros forrada a veludo. O elegante Panhard & Levassor entrou em Portugal a 12 de Abril de 1927.

Desde a sua aquisição por parte do museu, o automóvel francês foi restaurado apenas a nível mecânico e recebeu uma pintura exterior. Actualmente, o conta-quilómetros marca apenas 55.000 km percorridos.