Em 1906 era fixada, pelo recém-chegado Claude Johnson, uma política de modelo único, e em 1907 era apresentado o imortal Silver Ghost, o nome atribuído ao protótipo que estava carroçado em alumínio polido. Os primeiros automóveis a serem assim denominados estavam equipados com um motor com 48cv de potência às 12.000 rotações por minuto, e tinham como principais características o seu inovador sistema de lubrificação e de dupla ignição.
Adquirido em Lisboa por João de Lacerda a Bernardino Gomes, em Março de 1956, o Rolls-Royce Silver Ghost, com o número de chassis 6YE e número de motor 191, foi alvo de um restauro com a colaboração do importador da marca para Portugal, Harry Rugeroni, na sua oficina na Rua Tomás Ribeiro, na mesma cidade.
Tendo sido fabricado no final de 1920, o Rolls-Royce Silver Ghost do Museu do Caramulo foi originalmente carroçado na Bélgica, em Brougham, pela empresa D’Ieteren-Frères-Bruxelles.
Equipado com o tradicional motor de seis cilindros da marca inglesa, de 7,5 litros de capacidade e dupla ignição, a transmissão da potência é feita às rodas traseiras através de uma caixa de quatro relações. Capaz de atingir uma velocidade máxima de 100 km/h, o Rolls-Royce Silver Ghost tem apenas travões no eixo traseiro para contrariar o peso de 2330 kg.
O interior da carroçaria é totalmente revestido a madeira de nogueira, enquanto os estofos, originais, apresentam dois fauteuils e dois strapontins, escamoteáveis. Os vidros são de correr verticalmente, equipados com um sistema de compensadores de mola, que facilitam o seu manuseamento.