O 601 foi apresentado em Março de 1964, a carroçaria continuava a ser em fibra Duroplast e as suas linhas são sobretudo uma grande evolução do modelo P60, lançado dois anos antes.
O motor utilizado é um dois cilindros em linha a dois tempos que não dispõe de bomba de combustível, graças à colocação do depósito numa posição mais alta em relação ao motor, bomba de óleo, válvulas ou radiador.
Estas características não são opções técnicas, mas fruto da escassez de matérias-primas que se fazia sentir na Alemanha de leste.
O Trabant correspondia, de certa forma, ao Volkswagen da República Federal da Alemanha, o automóvel popular por excelência. Mas poucos alemães da então RDA podiam adquirir um Trabant, uma vez que o preço era bastante elevado para o poder de compra.
A queda do Muro de Berlim, em 1989, marca o início de uma nova era e o Trabant, com a sua concepção arcaica, não resiste aos novos tempos. A Volkswagen ainda tenta ajudar através do motor quatro cilindros 1.1 do Polo, mas nada impede o fim do Trabant, demasiado associado ao regime derrubado. Este automóvel foi doado ao Museu do Caramulo por Daniel Hehn Pinto da Silva.