O cartaz impresso foi a principal forma de propaganda, sobretudo pela facilidade de produção e de aplicação em qualquer local, permitindo que a mensagem estivesse sempre presente junto dos cidadãos, e apelando a que dessem, produzissem e se sacrificassem em prol do esforço de guerra. Os cartazes eram também a forma de propaganda mais democrática, chegando de forma igual a todo o tipo de pessoas. Estes cartazes são exemplo de que a guerra não aconteceu apenas nas frentes de batalha, mas que as populações das nações envolvidas foram mobilizadas num apoio activo para o esforço de guerra pelas imagens fortes dos cartazes.

Produzidos por ministérios e agências governamentais, organizações independentes (como a resistência) ou empresas privadas, este meio de comunicação transmitiu a sua mensagem combinando ilustrações com forte teor emocional com mensagens de texto fáceis de decorar. Se na 1ª Guerra Mundial os cartazes eram mais artísticos e mais sombrios, a propaganda da 2ª Segunda Guerra Mundial, principalmente a partir de 1943, passou a recorrer a mensagens de texto simples com imagens estilizadas feitas pela indústria publicitária para uma maior eficácia e compreensão.

Tal como as outras formas de propaganda utilizadas neste período, os cartazes inspiravam patriotismo e apelavam ao contributo a bem da causa nacional. Este contributo podia assumir diversas formas como o alistamento nas forças armadas, o racionamento de comida ou de outros bens essenciais, o esforço na produção da indústria da guerra, o cuidado com as conversas em locais públicos ou a compra de títulos de guerra.

A exposição “A Arte da Persuasão” estará patente no Museu do Caramulo até 28 de Junho de 2020 e conta com o apoio da Câmara Municipal de Tondela, da Fidelidade, do Jornal dos Clássicos e do Banco BPI | Fundação la Caixa.