Ao todo, foram mais de 20 supercarros, que fizeram história ao longo das 8 décadas cobertas por esta exposição, integrada na colecção permanente de automóveis e motociclos do Museu do Caramulo.
Com diferentes proveniências, alguns automóveis que integraram a exposição são pertença de colecções privadas, gentilmente cedidos ao museu. A ideia desta exposição residiu na construção de um núcleo de desportivos topo de gama, sendo este projecto apenas possível conjugando automóveis de pilotos e coleccionadores privados com os modelos já existentes no museu. O resultado foi uma variadíssima gama de modelos e marcas que competiram à época ao longo de 80 anos, até aos dias de hoje.
O automóvel mais antigo dentro deste lote de desportivos era o raríssimo Bugatti 35B (1930), um Fórmula 1 dos anos 30 e o modelo mais potente da Bugatti. É também o modelo que mais vitórias desportivas conquistou na história automóvel (mais de 2.000).
Seguiram-se outros clássicos, como o Mercedes-Benz 300 SL Gullwing (1954), um ícone de design automóvel que valeu à marca vitórias nas “Mille Miglia”, “Grande Prémio de Berne”, “24 Horas de Le Mans” ou “Carrera Panamericana do México” e o Lamborghini Miura SV (1971), o mais fantástico modelo da marca e o automóvel mais baixo de mundo de série, acumulando 385 cavalos de potência no seu motor. Neste grupo encontram-se ainda o Ferrari 195 Inter (1951), o mais antigo Ferrari em Portugal, o Pegaso Z-102-B (1953), um dos raros exemplos existentes que à altura custava mais que um Ferrari, o Alfa-Romeo Super-Sprint C (1955) e o desportivo português Alba, modelo único no mundo e que tantas vitórias obteve em Portugal nos anos 50.
No pelotão dos desportivos mais modernos, esta exposição reuniu um conjunto de modelos Porsche como o 356B (1962), 911 Carrera S (1973), 930 Turbo (1977) e 928 GT (1989), assim como um De Tomaso Pantera (1972), os modelos Lancia 037 (1984) e Lancia Delta Integrale HF (1992), modelo associado a quatro títulos mundiais consecutivos de ralis, e um Ferrari 365 GTB/4 Daytona (1974), o mais potente, rápido e caro Ferrari da sua época que, entre várias competições, venceu as 24 Horas de Daytona e ficou em 2º lugar no tradicional Tour de France.
A exposição de desportivos do Museu do Caramulo juntou ainda modelos da Triumph e Lotus entre outras marcas, com destaque nos mais modernos para o Mercedes-Benz AMG CLK-GTR LM (1998), com 612 cavalos de potência e criado para entrar nas 24 Horas de Le Mans e o Lola B05/40 ERA Turbo (2005), com uma velocidade máxima de 310 Km/h., veterano das “Le Mans Series”.