Verde, amarelo, xadrez.

“A competição está no meu sangue. A competição é o que eu sou. A competição é o que eu sempre serei.”

Uma lenda da competição é feita de muito mais do que talento. É um cocktail de ambição, esforço, foco e consistência, temperado com uma abundância de carisma.

O caminho que levou Emerson à glória e ao olimpo dos pilotos, foi curto, rápido, mas desafiante. As oportunidades foram conquistadas com coragem, dedicação e a uma notável disciplina de trabalho.

Ao lado de Wilson, seu irmão e companheiro de aventuras, Emerson aprendeu diferentes ofícios e acumulou habilidades, foi conhecendo a alma das máquinas, as entranhas do desporto e comprou o próprio bilhete de entrada no “circo” da F1, onde havia de se tornar a estrela maior.

Fittipaldi conquistou a Europa, mas trouxe consigo o Brasil. Venera os compatriotas que o precederam, mas foi ele o primeiro grande herói automobilístico dos brasileiros e não só, inspirando os campeões que o seguiram. Num país onde a força dos sonhos e da fé são o oxigénio de tantos, não é um papel ligeiro.

Provando a dedicação ao país e à família, uniu-se ao irmão no sonho de uma equipa brasileira, e o seu legado vive nesta colecção que, em parte, também celebra a memória, a vida e a audácia de Wilson.

E o que quer que tivesse ficado por provar naqueles anos quanto ao talento de Emerson, ficava mais do que reiterado na espectacular segunda fase da carreira, ao volante dos monolugares da Penske.

O nome Fittipaldi continua a fazer o seu rumo e a escrever história na competição, mas as conquistas de Emerson estão simbolizadas nestas máquinas, que contam uma história visual do sucesso de um dos mais carismáticos pilotos de sempre.

O país onde ainda hoje se diz que, andar depressa, é andar “à Fittipaldi”, honra-se de acolher, no seu coração, esta extraordinária colecção jamais exibida, fazendo a sua estreia mundial no Museu do Caramulo.