A Brose renovou o apadrinhamento do Volkswagen Carocha Typ 11 Export (1952) do Museu do Caramulo.

Lançado em 2012, o Programa de Apadrinhamento do Museu do Caramulo visa criar uma associação mais directa entre as empresas ou particulares com os veículos da colecção permanente do museu, resultando em apoios orientados para a sua conservação e manutenção durante o período de um ano.

Sobre o Volkswagen Carocha Typ 11 Export

Idealizado como meio de transporte para as massas, o Volkswagen “Carocha” surgiu das cinzas da Segunda Guerra Mundial, pronto a enfrentar a vasta oferta de microcarros e modelos populares no mercado.

Oferecendo uma motorização bastante competente e frugal, um chassis tipo plataforma de tubo central e uma qualidade de construção sem rival no segmento, o modelo depressa cativou adeptos o que por sua vez levou a que a marca iniciasse um processo de melhoramento anual adequando-o às necessidades de cada país.

Proposto por Adolf Hitler na década de 30 como meio de transporte para a Alemanha nazi, o Volkswagen (em português, carro do povo) foi encomendado a Ferdinand Porsche com um caderno de encargos específico. O modelo deveria ser bastante básico, capaz de transportar dois adultos e três crianças, mantendo uma velocidade de 100 km/h e não gastando mais de sete litros aos 100 km. As peças deveriam ser facilmente substituíveis e baratas, enquanto o motor deveria ser refrigerado a ar.

Com o final da Segunda Guerra Mundial, o projecto do Volkswagen Typ 1 foi retomado, com a fábrica de Wolfsburg a voltar à produção, liderada pelo Major do exército inglês Ivan Hirst. Mais tarde, a responsabilidade de aumentar a produção do modelo caberia a Heinz Nordhoff, um antigo responsável pela Opel, a quem ainda hoje se credita a tremenda popularidade do “Carocha” como produto de massas.

Sem grandes alterações ao projecto inicial, o Typ 11 Export de 1952, do Museu do Caramulo, encerra uma história curiosa. Vendido novo na Holanda, o “Carocha” cinzento mantém a decoração original até ao derradeiro detalhe, como a pintura das jantes e frisos dos pára-choques a vermelho, específicas daquele mercado. Típico da data, o óculo traseiro dividido ao meio, conhecido como Split window, e os piscas mecânicos inseridos nos pilares B, junto às portas, chamam desde logo a atenção para um exemplar que, por ser uma versão Export, apresenta um nível de equipamento superior ao encontrado nos modelos Standard.

Mecanicamente, o Volkswagen Typ 11 Export utilizava um motor de quatro cilindros boxer de 1,1 litros de capacidade, refrigerado a ar, com 24cv de potência às 3300 rotações por minuto. Alimentado por um pequeno carburador Solex 26 VFJ, o bloco em ferro fundido e com cabeça em liga leve, transmitia o binário às rodas traseiras por meio de uma caixa de velocidades manual de quatro relações, sem sincronizadores. Ao chassis tipo plataforma, era fixa uma suspensão de duplo braço de manivela, com barras de mola transversais e estabilizador à frente, enquanto atrás era utilizado um sistema de eixo oscilante e braços de suspensão longitudinais, com barras de mola transversais.

Bem construído e com níveis de robustez invejáveis, o Volkswagen Typ 11 Export oferecia um mínimo de luxos no interior, tais como um velocímetro e relógio embutidos no tablier, moldado em chapa da cor da carroçaria.

Sobre a Brose

A Brose é uma empresa alemã especializada em sistemas de fechaduras para automóveis. Presente em Portugal, no concelho de Tondela, desde 1994, emprega cerca de 300 trabalhadores e exporta actualmente para mais de 20 países no mundo.