A Dunlop apadrinhou o Jaguar E-Type 4.2 OTS (1965) do Museu do Caramulo, através do fornecimento de um conjunto cinco pneus da sua gama Sport Classic.
Este apadrinhamento vem no seguimento da celebração do sexto aniversário da sua nova gama Dunlop Sport Classic, uma nova linha direccionada para automóveis clássicos que oferece tecnologia de ponta adaptada à utilização neste tipo de veículos.
Esta linha foi especificamente desenvolvida pela Dunlop para garantir uma superior aderência e travagem em piso molhado, uma maior estabilidade e precisão da direcção (mesmo a grandes velocidades), oferencendo assim uma manobrabilidade e controlo superiores ambos desenvolvidos especialmente para a utilização em automóveis clássicos.
Lançado em 2012, o Programa de Apadrinhamento do Museu do Caramulo visa criar uma associação mais directa entre as empresas ou particulares com os veículos da colecção permanente do museu, resultando em apoios orientados para a sua conservação e manutenção durante o período de um ano.
Sobre o Jaguar E-Type 4.2 OTS (1965)
Considerado um dos automóveis mais bonitos de sempre, o sucessor do elegante XK150, o Jaguar E-Type era a interpretação da marca inglesa de um verdadeiro roadster, esculpido pelo vento e animado pelo mesmo motor que, no passado havia ganho, com o modelo D-Type, as 24 Horas de Le Mans.
Tal como o D-Type de competição, o Jaguar E-Type tinha como base um chassis que combinava uma estrutura monocoque com subchassis multitubular, revestido por uma carroçaria esguia. Ao nível da suspensão, os engenheiros da Jaguar optaram por equipar o bólide com elementos independentes nas quatro rodas, auxiliados por amortecedores telescópicos. Outra das características herdadas da competição era o sistema de travagem, de discos operados hidraulicamente com servofreio de vácuo nas quatro rodas, equipamento nunca antes visto num automóvel de produção. E se o chassis era de qualidade invejável, o motor de seis cilindros em linha não se ficava atrás. Acoplado a uma caixa de quatro relações, o bloco em aço do motor vinha equipado com duas árvores de cames à cabeça (em alumínio), sete rolamentos na cambota e uma bateria de três carburadores SU, debitando 265cv de potência.
Originalmente testado em competição, em 1960, nas 24 Horas de Le Mans pela equipa de Lance Cunningham, o projecto do E-Type foi intencionalmente preparado para ser um automóvel aberto, oferecendo grande rigidez torcional. Mas quando a Jaguar apresentou a versão fechada, o sucesso foi redobrado.
Acusando na balança pouco mais que 1200 kg, o roadster foi publicitado à imprensa, em 1961, pela Jaguar, como sendo capaz de atingir a incrível marca de 150 mph, cerca de 241 km/h, tornando o E-Type no automóvel inglês de produção mais rápido. Além disso, custava um terço dos seus adversários directos como o Aston Martin DB4, sendo por isso muito acessível.
Em 1964, o motor XK de seis cilindros em linha viu a sua capacidade ser aumentada de 3,8 para 4,2 litros – versão que equipa este modelo do Museu do Caramulo – sendo acoplado a uma caixa de velocidades com quatro relações totalmente sincronizadas. Esteticamente, o novo E-Type 4.2 apresentava os faróis da frente desprovidos de tampas aerodinâmicas, enquanto no interior as modificações estipulavam um nível de equipamento melhor. A direcção assistida passava a ser opcional e recebeu um novo sistema de refrigeração. Respondendo às críticas do mercado americano de falta de espaço no interior da versão coupé do E-Type, a Jaguar apresentou, em 1966, uma versão 2+2, procurando combinar o conforto da nova carroçaria com as performances associadas ao bólide.
Em 1971, a gama E-Type sofria a sua primeira grande revolução, com a substituição do motor de seis cilindros em linha (XK) por uma unidade V12, com uma capacidade de 5343cc, debitando 272cv de potência às 5850 rotações por minuto. Para acomodar a potência e as prestações do novo motor, o chassis do E-Type foi aumentado na distância entre eixos em 2300 mm, passando todos os modelos a medir o mesmo que a versão coupé 2+2 (2670 mm).
Quando a produção do E-Type cessou, em 1975, um total de 72.507 unidades haviam sido construídas.
Este automóvel foi doado ao Museu do Caramulo por Carlos Mendes Costa.